A jabuticabeira é uma fruteira com grande potencial, tanto para consumo in natura, quanto para a industrialização. O objetivo do estudo foi avaliar o tempo de conservação de jabuticabas ‘Sabará’ estocadas sob refrigeração e à temperatura ambiente. Após a colheita, os frutos foram lavados, selecionados, acondicionados em bandejas plásticas, em camada única, e armazenados sob refrigeração. As determinações realizadas em triplicata logo após a colheita e a cada dois dias, até o descarte dos frutos, foram pH, sólidos solúveis (ºBrix), acidez total titulável (% ácido cítrico), açúcares totais e redutores (%), vitamina C (mg/100g) e fitopatológica. O delineamento adotado foi o inteiramente cazualizado, realizando-se análise de variância (teste F) e comparação de médias pelo teste de Tukey a 5% de significância. Sob refrigeração, o armazenamento atingiu 12 dias, período no qual os frutos apresentavam intenso murchamento (perda de umidade), estando inapropriados para comercialização. O teor de sólidos solúveis manteve-se estável durante o armazenamento, porém houve diminuição do pH e dos teores de açúcares totais e redutores, indicando a ocorrência de processo fermentativo. As perdas de vitamina C foram da ordem de 72,5%, passando de 4,952 mg/100g no tempo 0 de estocagem, para 3,593mg/100g ao final deste período. Os frutos armazenados em temperatura ambiente foram descartados no início do armazenamento, por apresentarem murchamento, incidência de microorganismos e odor estranho.