The present paper studies two exhibitions that are virtually unknown in the field: the Belgian art expositions in Philadelphia and Buenos Aires in 1882 and 1887. The exhibitions took place outside the contexts of universal expositions and world fairs but they were not private commercial ventures. They were government projects, driven by consuls and by the King Leopold II. For this reason, I consider these exhibitions as results of economic, political and colonial endeavors rather than artistic products. The focus is not on the artworks, but on the dynamics underlying, and generated by, the exhibitions. As this study demonstrates, these art shows were not just instruments to open new markets for Belgian art abroad, but also constituted a medium to negotiate and shape relationships and narratives with and in foreign countries. ; O presente artigo estuda duas exposições praticamente desconhecidas: as exposições de Arte Belga em Filadélfia e Buenos Aires, realizadas em 1882 e 1887 respetivamente. Nenhuma das exposições se enquadra no contexto das exposições universais e das feiras mundiais, nem representa empreendimentos comerciais privados. Porém, ambas configuram projetos governamentais, promovidos por cônsules e pelo próprio rei Leopoldo II. Por essa razão, estas exposições são aqui consideradas mais como resultados de esforços económicos, políticos e coloniais, do que como produtos artísticos. O foco de interesse não se centra nas obras de arte, mas na dinâmica subjacente às exposições, e por elas gerada. Como este estudo demonstra, estas mostras artísticas não serviam apenas como dispositivos para abrir novos mercados para a arte Belga no exterior; elas constituíam também um meio ideal para negociar e moldar relações e narrativas feitas com, e em, países estrangeiros. ; info:eu-repo/semantics/publishedVersion