Comunicação e mobilização política na campanha Fora Ana de Hollanda

Este artigo é resultado da observação do confronto político evidenciado na campanha Fora Ana de Hollanda no Twitter, uma mobilização que ocorreu em 2011 a partir dos grupos apoiados pelo programa Cultura Viva do Ministério da Cultura — os pontos de cultura — e a gestão da ministra Ana de Hollanda. Orientados pela teoria da mobilização política, mostramos que a mobilização foi organizada pela rede de comunicação preexistente dos pontos de cultura na internet, a qual propiciou a formação de um capital comunicacional aos ativistas; isso lhes permitiu identificar janelas de oportunidades políticas... Mehr ...

Verfasser: Prudencio, Kelly
Leite, Weslley Dalcol
Dokumenttyp: Artikel
Erscheinungsdatum: 2013
Verlag/Hrsg.: PUCPRess
Schlagwörter: Comunicação / Mobilização política / Internet / Minc / Ana de Hollanda
Sprache: Portuguese
Permalink: https://search.fid-benelux.de/Record/base-27494298
Datenquelle: BASE; Originalkatalog
Powered By: BASE
Link(s) : https://periodicos.pucpr.br/index.php/estudosdecomunicacao/article/view/22445

Este artigo é resultado da observação do confronto político evidenciado na campanha Fora Ana de Hollanda no Twitter, uma mobilização que ocorreu em 2011 a partir dos grupos apoiados pelo programa Cultura Viva do Ministério da Cultura — os pontos de cultura — e a gestão da ministra Ana de Hollanda. Orientados pela teoria da mobilização política, mostramos que a mobilização foi organizada pela rede de comunicação preexistente dos pontos de cultura na internet, a qual propiciou a formação de um capital comunicacional aos ativistas; isso lhes permitiu identificar janelas de oportunidades políticas e criar condições para o confronto. Esse confronto se dá pelos enquadramentos da ação coletiva, entendidos como estratégias de enfrentamento. Para isso, foram analisadas 763 postagens da campanha (#foraana e #foranadehollanda) publicadas entre fevereiro e outubro de 2011 no microblog Twitter. A pesquisa identificou que a comunicação na internet funcionou, nesse caso, como fundamento da mobilização, cujo objetivo era manter a política pública, interrompida na gestão da ministra. A campanha campanha apresentou repertório de ações, que, embora não tenha culminado na queda imediata da ministra, colocou a política cultural no centro das discussões daquele período.