Rosa Luxemburg e a expansão imanente do capitalismo: destruição, resistência e recriação dos territórios e das relações não capitalistas

O objetivo deste artigo é analisar os escritos econômicos luxemburguianos, sobretudo o manuscrito Introdução à economia política, a partir da hipótese de que Rosa Luxemburg constrói uma tríade da formação das classes sociais capitalistas formulando uma interpretação não etapista e não evolucionista da história: destruição, resistência e recriação dos modos comunitários de produção e do campesinato são possibilidades abertas no processo de expansão do capitalismo sobre seus territórios. A análise da múltipla convivência de modos de produção e a noção de recriação de relações não capitalistas de... Mehr ...

Verfasser: Gustavo Francisco Teixeira Prieto
Dokumenttyp: Artikel
Erscheinungsdatum: 2017
Reihe/Periodikum: GEOUSP: Espaço e Tempo, Vol 21, Iss 3 (2017)
Verlag/Hrsg.: Universidade de São Paulo
Schlagwörter: Rosa Luxemburg. Peasantry. Primitive communism. Territory. Non-capitalist production relations / Geography. Anthropology. Recreation / G / Geography (General) / G1-922
Sprache: Spanish
Portuguese
Permalink: https://search.fid-benelux.de/Record/base-27135812
Datenquelle: BASE; Originalkatalog
Powered By: BASE
Link(s) : https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2017.99827

O objetivo deste artigo é analisar os escritos econômicos luxemburguianos, sobretudo o manuscrito Introdução à economia política, a partir da hipótese de que Rosa Luxemburg constrói uma tríade da formação das classes sociais capitalistas formulando uma interpretação não etapista e não evolucionista da história: destruição, resistência e recriação dos modos comunitários de produção e do campesinato são possibilidades abertas no processo de expansão do capitalismo sobre seus territórios. A análise da múltipla convivência de modos de produção e a noção de recriação de relações não capitalistas de produção a partir da reflexão de Luxemburg sobre os camponeses e o chamado comunismo primitivo explicitam a crítica ao progresso linear do espaço e da história e à barbárie moderna do capitalismo. A geografia agrária brasileira é tributária das interpretações luxemburguianas, e objetivamos também contribuir com a compreensão desse vínculo teórico e metodológico.