Negando o conexionismo: Notas Flanantes e Sábado à Noite ou como ficar à altura do risco do real

Discuto neste artigo as formas como alguns documentários contemporâneos brasileiros lidam com o que chamamos o risco do real, expressão do teórico e cineasta francês Jean Louis Comolli e largamente utilizada pela crítica para indicar o “lugar” em que o cineasta deveria se encontrar na sua relação com o real. Estar sob o risco do real aparece como a garantia de uma imagem compartilhada entre os “atores” de um documentário. Estar sob o risco do real é o paradigma do chamado documentário moderno e está incorporado à produção brasileira recente. Uma importante diversidade de formas e estilos, disp... Mehr ...

Verfasser: Cezar Migliorin
Dokumenttyp: Artikel
Erscheinungsdatum: 2009
Reihe/Periodikum: Significação: Revista de Cultura Audiovisual, Vol 36, Iss 32 (2009)
Verlag/Hrsg.: Universidade de São Paulo
Schlagwörter: Documentário brasileiro / Dispositivo / Capitalismo contemporâneo / Visual arts / N1-9211
Sprache: Englisch
Spanish
Portuguese
Permalink: https://search.fid-benelux.de/Record/base-26894699
Datenquelle: BASE; Originalkatalog
Powered By: BASE
Link(s) : https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2009.68094

Discuto neste artigo as formas como alguns documentários contemporâneos brasileiros lidam com o que chamamos o risco do real, expressão do teórico e cineasta francês Jean Louis Comolli e largamente utilizada pela crítica para indicar o “lugar” em que o cineasta deveria se encontrar na sua relação com o real. Estar sob o risco do real aparece como a garantia de uma imagem compartilhada entre os “atores” de um documentário. Estar sob o risco do real é o paradigma do chamado documentário moderno e está incorporado à produção brasileira recente. Uma importante diversidade de formas e estilos, dispositivos e práticas aparecem nesta recente produção. Aqui desenvolvo a questão do risco do real em relação ao papel que o conexionismo passou a ter no capitalismo contemporâneo e o diálogo de dois documentários brasileiros, Sábado à noite (2007), de Ivo Lopes e de Notas Flanantes (2008) de Clarissa Campolina, com seus dispositivos e com os desafios da imagem contemporânea.